"In your brown eyes
I walked away
In your brown eyes
I couldn't stay"
Hey hey!
What's up girls?
Peço desculpa pela demora, aqui fica mais um capitulo da fic :D
beijinhos
9º Capitulo
I'm standing on a bridge
I'm waiting in the dark
I thought that you'd be here by now
There's nothing but the rain
No footsteps on the ground
I'm listening but there's no sound
Isn't anyone trying to find me?
Won't somebody come take me home?
It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Won't you take me by the hand?
Take me somewhere new
I don't know who you are
But I... I'm with you
I'm with you
I'm looking for a place
I'm searching for a face
Is anybody here I know?
'Cause nothing's going right
And everything is a mess
And no one likes to be alone
Isn't anyone trying to find me?
Won't somebody come take me home?
It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Won't you take me by the hand?
Take me somewhere new
I don't know who you are
But I... I'm with you
I'm with you
Yeah, Yeah, Oh...
Oh why is everything so confusing
maybe I'm just out of my mind
Yeah yeah yeah
Yeah yeah yeah
Yeah yeah yeah yeaaahhh
It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Won't you take me by the hand?
Take me somewhere new
I don't know who you are
But I... I'm with you
I'm with you
I'm with you
Take me by the hand?
Take me somewhere new
I don't know who you are
But I... I'm with you
I'm with you
I'm with you.
Kim calou-se, assim que reparou no que tinha cantado. Era algo de momento, que não esperava cantar ou revelar. Depois, sentiu as finas gotas de chuva que pouco antes de acabar a canção, começaram a cair, ficarem cada vez mais grossas e pesadas. Levou as mãos ao lenço e, assim que o tirou da sua frente, um arrepio percorreu o seu corpo, ao ver o rapaz sentado à sua frente, suportando uma guitarra entre as pernas. Engoliu em seco e baixou o olhar, brincando com os dedos. Estava nervosa e o seu coração batia a uma velocidade que nunca imaginara existir.
- Como te sentes? – Ele quebrou o silêncio, passando a língua pelos lábios, agora molhados pela chuva.
- Mal. – Levantou-se rapidamente e voltou costas, dando passo a passo para junto da berma do telhado, para ver melhor a vista. Abraçou os próprios braços e deixou-se ficar, a mirar algo que nunca tinha visto em toda a sua vida.
- Por teres cantado para mim? – A voz grossa do de tranças soou bem junto de si, fazendo-a sobressaltar. – Por teres enfrentado o teu medo de cantar com alguém a ouvir? Por eu estar aqui contigo num telhado e agradecer a mim mesmo por ter insistido contigo?
Ela virou-se, dando a ver os seus olhos marejados de lágrimas.
- É o meu medo! – Apontou para si. – E o meu sonho! – Atirou.
- Só te queria ajudar… - Sibilou num tom quase inaudível. – Só fiz isto tudo para entenderes o quanto és maravilhosa e o futuro que tens nas mãos.
- O meu futuro é servir os pacientes. – Fungou para a manga do casaco. – Vou para dentro, não quero ficar constipada. – Passou pelo jovem.
Quando se preparava para descer as escadas, ele falou:
- É isso. – Ela olhou-o, a agarrar a guitarra. – Não quebras as regras. Tens medo do que os outros possam pensar e dizer de ti. Tens medo de te acharem uma total idiota. Mas… sabes que mais? – Afastou os braços – Ao fazeres isso és uma total idiota! – Atirou, colérico. – Olha agora! Estás a fugir da realidade porque tens medo de ficar constipada!
Ela nada disse. Limitou-se a abaixar a cabeça e desceu as escadas, voltando a entrar em casa.
Tom baixou os braços e olhou para cima de olhos fechados, sentido a chuva a cair sobre a sua cara. Respirou fundo e seguiu a amiga para dentro.
Sentaram-se um ao lado do outro no sofá da sala, sem se importarem minimamente com as suas roupas encharcadas.
O silêncio abateu-se sobre eles e nenhum dos dois se atrevia a quebrá-lo.
Lá fora podia-se ouvir apenas a chuva que já se tornara mais forte e agora batia violentamente no vidro da janela, sendo empurrada pelo vento raivoso.
No fundo do seu íntimo, Kim sabia perfeitamente que o rapaz a seu lado tinha razão. Mas simplesmente ela não queria perceber isso; a sua cabeça latejava só de pensar nisso.
Por outro lado, Tom reconhecia que tinha ido longe demais. No entanto sabia muito bem que tinha tido razão em tudo o que dissera. E não se arrependia do que tinha dito, pois era a verdade, mas talvez tivesse sido melhor não ter falado tudo aquilo daquela maneira. Caso contrário, não estariam nesta situação de… mudez.
- A Mia está a trabalhar. – A voz embargada da morena cortou o silêncio como um punhal.
- Eu sei. – O de tranças reconheceu, ficando com os olhos pregados na alcatifa a seus pés, que agora se encontrava molhada. – Vim cá mesmo para ver se estavas bem e… - Engoliu em seco; espirrou e fungou logo a seguir. – Se querias companhia. – Acabou por dizer.
- Ahm… - Mordeu a bochecha. Não sabia o que dizer. – Vou trocar de roupa. – Comunicou enquanto se levantava, para logo a seguir se dirigir ao quarto.
Despiu o enorme casaco ensopado e largou-o no chão de madeira. Fez deslizar a roupa que se colava ao seu corpo e vestiu a camisa de dormir, quente e confortável.
Vestiu as meias de lã, que lhe davam até ao tornozelo e secou o cabelo com uma toalha. Agarrou numa outra para Tom e voltou a sair do quarto.
Quando se preparava para lhe dar a toalha, notou as suas costas nuas e musculadas.
As suas pernas abanavam como varas numa tempestade tropical e, sabia que cada passo que dava, era inseguro.
- Tom? – Pousou a mão no seu ombro nu.
Ele voltou-se de imediato. Sorrindo fracamente. Despiu as calças e sobrepôs-as sob o aquecedor.
- É para mim? – Apontou para o que Kim suportava nas mãos.
- Er… sim. – Entregou-lhe e afastou-se. – Vou fazer café, queres? – Ligou a máquina e tirou o açúcar do armário.
- Senão te importares… - Secou-se.
Ela apreciou o seu corpo perfeitamente tonificado e sorriu – babosa – para si. Encheu duas canecas com água fervida e soltou um suspiro, apoiando os cotovelos no balcão negro.
- O Bill? – Inquiriu sem desviar os olhos dos abdominais esculpidos do outro.
- Ficou em casa.
Ela mordeu o lábio, imaginando-se a tocar naquele corpo e beijar cada pedaço da sua pele.
- Ficou? – Deslizou pela pedra mármore.
- Já começou a estudar. – Informou, andando na sua direcção.
- Já?! – Afastou-se, quando viu o tronco a um palmo de distância do seu nariz. – Oh não! – Exclamou – Também tenho de estudar… - Abriu muito a boca.
- As aulas ainda não começaram, Kim. Relaxa. – Fez os cafés. – Quantas colheres de açúcar queres?
- Duas… - Olhou-o nos olhos. Ele sorriu-lhe e estendeu-lhe a mão com a caneca fumegante. – Obrigada.
- Desculpa-me. – Disse de relance.
Ela franziu a testa.
- Não devia ter falado contigo daquela maneira. Nem te conheço…
Ela arfou, aceitando o café, assim que o cheiro que este emanava, se dilatou nas suas narinas.
- Não tens de pedir desculpa. És directo e sincero. São virtudes. Não tens de pedir desculpa por isso. – Deu um gole, logo se arrependendo, de tão quente que estava.
Pousou a caneca na mesa e espirrou, fungando logo a seguir.
- Parece que vais ficar de cama. – Ele comentou, rindo. – Desculpa por isso.
- Pedes desculpa por tudo o que fazes?
- Não. Só quando me apetece. – Olharam-se, voltando a ficar em silêncio.
Marie
Blood
Quando eu crescer II